A moça que hoje pela primeira vez
Colocou erva-chá
Boca a dentro.
Ficou horas pensando se ia
E quando aceitou
Pá puc.
Até que
Em um momento
Único. Ficou solta.
Um riso, uma história.
Um filme, psicopata.
Se confundiu na prosa.
Fez piada. Do modo. de. funcionamento.
Discordou.
A moça que de nada,
Mais
Nada
Ainda quer.
Mas a moça nem de chá gosta.
Consumiu o que não podia
Pela primeira vez a moça.
Olhou foto de brancas
Ouviu voz de negra.
Tá deitada com as pernas cruzadas
E a mente a espreita.
Aberta. Encoberta.
Abriu pra escrever.
De-notas
Sem notas
E essa mente tão aberta
Plágio
Fotos de brancas na tela.
Passando.
Passando.
Passou.
Mente aberta
Secreta.
As vezes a moça,
Que não é a primeira vez
Que mente, que abre. A mente.
Tá sem entender
Sem saber
Como parar.
A vibe tá boa.
Pensa no toque. Retoque. Me toque. Se toque.
Será mesmo real?
A vibe tá boa.
Como parar?
E agora, será que rola?
Chá, pra lá.
Não quer se embolar.
Por Grazi Cascon
Nenhum comentário:
Postar um comentário